Imagem retirada da internet
Ao de leve, vou sentindo o toque fofo das pequenas almofadas carnudas, vestidas de vermelho rubor. Quero roubá-las para mim, mas não consigo. A suave humidade que me passas, faz-me desejar ter sede da fonte onde a àgua que sabe a ti não seca. O calor que emanas percorre-me o ponto onde te toco e nossos lábios se envolvem numa dança que faz continuar a música pelos corpos. Desce devagar a vibração, e os lábios mantém-se unidos como que entrelaçados, saciando a sede mútua. Ela entra, primeiro envergonhada na ansia de explorar o mais que dali pode vir e encontram-se algures a meio, comunicando em estranhas danças selvagens, com todos os pontos cardeais do desejo espalhados pelas rosas dos ventos dos nossos corpos, a adivinharem tempestade. E a dança de roda que praticam entrelaça desejos e desperta o fogo escondido nas profundezeas da terra fértil. Separadas por um qualquer pequeno descuido da memória ficam a sonhar-se. Dançaram ambas abertamente com os desejos e as vontades furtadas...
18/04/2010
reeditado
Bonito!
ResponderEliminarO beijo é sempre um roubo! Por vezes consentido, outras com sentido...
Um beijo roubado, eis o unico roubo que não é ilegal quando é feito de sentido (os)
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