Foto de José António retirada do site olhares
E talvez que pouco mais se possa retirar de mim do que este liquido suave de travo amargo. De aparência iluminada, gotejo em pingas lentas o travo de uma saúde agri-doce, mais descrita do que provada, pois que do sabor real, poucos podem dar testemunho...
Retirada em verde e amarelo, numa árvore que não escolhe estação para dividir seus frutos, abraço-me ao doce mel que me acolhe quando de enfermidades me trato, lambendo sozinha feridas que não saram, ardendo à exposição do ácido.
De outros que por mim se familiarizam, em cores de sol posso ser misturada, mas não me adocem as propriedades em enganoso açúcar demasiado refinado...
Porque de pouco mais do que rudeza, amarela pálida sou feita, de pouco mais do que azeda me apelidaram, e de pouco mais de um sumo estragado que enche o copo apenas por simpatia, me sinto, em dias que o meu descolorado ser se torna a bebida de quem, por qualquer coisa refresca a sede de vida...
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