Dispo-me de vontades ocas e entro no mar revolto das relações humanas. Não ignoro os perigos dessas vagas de força incerta, bravios movimentos das espumas da emoção.
São em tons róseos, os céus de superiores vontades, onde nuvens mantêm as posições de vigilia, lembrando que os bons tempos não são eternos.
A água é fria e o corpo nu reage à mudança de temperatura pedindo movimentos. Movimentos que chegam em esforço perante a ferocidade do mar. E o sal que pica na pele mistura-se com o sal intrinseco, aquecendo imagináriamente o corpo nu e frágil às intempéries, levando a movimentos ora soltos, ora esforçados que permitem retirar prazer dum banho aparentemente incómodo, mas que foi fruto da minha vontade.
E a vontade não se esmorece com as altas e desordenadas ondas que me fazem submergir no frio, mas que me devolvem o prazer de me comandar, perante o esforço das minhas próprias braçadas...
sábado, 2 de outubro de 2010
Ao frio e à força de um mar
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário