Dizem que tenho Alma de poeta. É possível, mas para além de poeta, sou mulher, fui criança, sou ser humano. Na grande maioria das vezes vejo e sinto coisas que só sei expressar por palavras, por imagens. É um jeito de ser... é o meu jeito de pôr a Alma no scriptum...

domingo, 7 de novembro de 2010

Reflexões imaginadas



Há sons que não se conseguem descrever, por muito que se tente.
A água escorre por entre os obstáculos do caminho, se fechar os olhos parece que chove, mas não, é apenas a água a queixar-se de todas as imperfeições que encontra no seu caminho... E como é consolador ouvi-la queixar-se ( como se as queixas pudessem consolar alguém), mas de qualquer forma o choro dolente da água que passa, transmite uma paz que só os encontros com a natureza conseguem dar. É quase uma verdade,  daquelas sem possibilidade de refutação, os encontros com a natureza conseguem devolver-nos a paz interior, seja essa a natureza que nos rodeia, ou a nossa própria natureza.
O sol parece querer lutar com o frio que se sente e que acompanha as cores de que se vestiram as copas das árvores, como se no seu próprio código, ambos soubessem os significados presentes em cada  nova cor.
O espelho de água devolve a vaidade da paisagem e o ribeiro corre alheio aos meus pensamentos. Os montes envolvem-nos num abraço protector, mas não demasiado apertado, como se desejassem dar-nos liberdade para nos movimentarmos e contemplarmos todo o esplendor que nos rodeia.
Ali perdida ou tão somente achada nos meus pensamentos percebo que são as pequenas coisas, os pequenos momentos de reflexão como estes, que me enchem o peito de uma energia crescente capaz de me impulsionar em frente contra as tempestades dos nosso dias que temos que ultrapassar para conseguirmos alcançar os nossos objectivos...

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