Balança ao vento, leve... Ao fundo, o céu pinta-se das cores de mais um fim de dia. O fogo da luz poente queima o horizonte e as nuvens fingem um fumo espesso, de uma tarde ardente que se vai a cada segundo em que sol se vai escondendo, mais e mais.
Brinca com a sua própria fragilidade, deixando que o vento lhe balance a pequena linha que a torna recta. Toda ela dança, como se fosse impossível que as raízes se afastem da Terra mãe que a agarra à vida, e que lhe mantém a seiva dinâmica que a sustem.
Esquece-se, por momentos, que basta uma brisa descontrolada para que tudo se vá, e deixa-se ir na dança, feliz. Assiste ao espectáculo de luz e movimento, a natureza no seu perfeito equilíbrio, sem temer uma menos responsável atitude do vento, brincalhão...
E uma tarde de sol poente, ardente, ganha contornos de eternidade para a pequena silvestre dançarina, esquecida que se fez, da efemeridade, para tornar um momento, num retalho da sua feliz naturalidade
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