Dizem que tenho Alma de poeta. É possível, mas para além de poeta, sou mulher, fui criança, sou ser humano. Na grande maioria das vezes vejo e sinto coisas que só sei expressar por palavras, por imagens. É um jeito de ser... é o meu jeito de pôr a Alma no scriptum...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A flor



Uma flor como outra qualquer. De especial, apenas o sitio onde a plantaram...Nasceu envolta em sorrisos música, muitas e muitas palavras, que a faziam sentir-se acompanhada, mesmo sabendo que demasiadas vezes as palavras não lhe eram dirigidas, e em todas elas, a resposta era-lhe naturalmente impossível. Talvez tenham sido palavras a mais, a natureza também necessita de silêncio, tal como o dia se completa com a noite.
Uma flor...nasceu com uma matriz diferente das demais que a rodeavam, mas isso não saltava à vista facilmente. Raiada, misturava cor, num conjunto estranho. Dei com ela numa manhã calma. Numa manhã daquelas em que o sol parece querer abraçar-nos com o seu agasalho quente, enquanto o vento se debate para apoiar um Inverno que não se quer fazer rogado.
Entre sorrisos, e músicas, lá estava ela, parada, ouvindo tudo, como se quisesse fazer parte de todos os momentos que a vida desfolhava naquela manhã.
Decidi trazê-la comigo...guardada numa imagem que posso reproduzir, em que posso comandar sombras e fazer brilhar cores. Guardada no meu bloco de memórias visuais, a flor e a sua imagem lembram-me que imagens são apenas isso mesmo, que manipuladas ao nosso gosto, nunca ião substituir aquela flor, mesclada de cores de fogo que permaneceu viva através da alegria que a rodeia...

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