A bruxa - tela de Rui Nascimento
Povoa o nosso imaginário desde tenra idade, trazida pelas histórias fantásticas contadas à lareira por aqueles que não sabem onde a colocar nas prateleiras da história e da imaginação. Encarna os terrores, a maldade, os horrores com que a desesperança pinta as nossas frustrações. É atirada para um exterior desconhecido e lá magica desgraças para recolher os proveitos do sofrimento alheio. E existe apenas em nós, quando baixamos os braços e nos deixamos vencer pelos nossos próprios medos. Existe apenas no interior das imagens que reproduzimos para as nossas perdas. A bruxa é a imagem das derrotas que evitamos assumir quando paramos de lutar e acreditar. Dando-lhe forma, exorcitamos as nossas histórias e devolvemos-lhe os contornos fantásticos de personagem imaginária que encarna as lutas que temos que travar contra as nossas próprias limitações. É esse o papel das bruxas em todas as nossas histórias reais ou imaginárias...
acho que tudo começou a virar para o torto quando se confrontaram as duas medicinas , a que sempre foi e que era a sabedoria de sempre , interpretada pelas mulheres , e a que estava a nascer , ligada ao exercicio do que hoje chamamos ciência , interpretada por homens . sem comentários , e não digo que ciência tenha vencido .
ResponderEliminarO problema é que a ciência tenta impor os seus valores, muitas vezes bem, outras vezes menos bem...
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