Há sempre algo que nos identifica : um clube, um lugar, uma forma de estar, mesmo que mais ou menos estranha aos olhares alheios.
Amália identifica a alma de um povo. Trouxe consigo, na voz, a musicalidade que exprime uma surpreendente forma de chorar e sentir a cantar. Elevou o fado a canção identitária de uma nação, levou um país esquecido, de novo, aos quatro cantos do mundo. Trouxe com ela a poesia, a literatura; grandes nomes brilharam, saídos de novo do pó através da sua voz, rumo a um futuro de gerações amantes da música, que com ela, conhecem também outras letras.
Quando o corpo padece, a alma permanece ligada à obra, aos objetos, aos lugares. Preservar a memória de quem nos elevou é preservar a nossa própria identidade, é não deixar ao abandono as marcas que ficam nas gentes, nos locais, na cultura.
Foi por isso que decidi aderir a esta associação que se propõe, associando-se a quem de direito, devolver a vida e a obra de Amália a uma das suas moradas originais, perpetuando desta forma a fadista e a sua forma genial de cantar a Portugalidade.
Para isso é importante que a petiçao chegue o mais longe possível, tal como ela chegou e conquistou o coração de quem a ouviu...
Petição pela preservação da casa da Amália no Brejão
PETIÇÃO PARA A ASSEMBLEIA DA REPUBLICA
Preservar a Casa de Amália Rodrigues no Brejão (Odemira)
Senhor Presidente da Assembleia da República,
Excelência,
Amália Rodrigues foi proprietária de uma casa na costa alentejana, no lugar do Brejão, concelho de Odemira, onde passou muitos e bons momentos da sua vida. A associação de Amália Rodrigues ao local tornou-se tão conhecida e de tal modo referencial que a pequena praia que lhe é fronteira ficou popularmente conhecida como a “Praia da Amália”. A propriedade do imóvel é da Fundação Amália Rodrigues, de direito privado.
Este património, que, em virtude da sua inapagável associação à grande intérprete nacional, integra a própria memória cultural de Portugal, corre o risco de se perder, se não for preservado, adquirido pelo Estado ou devidamente classificado, seja tão só porque se deteriore até à ruína, seja porque venha a ser alienado e sucessivamente transformado no circuito do mercado imobiliário. Ao invés, se fosse adquirido ou classificado pelo Estado e devidamente preservado como Casa-Museu e aberto ao público, tornar-se-ia seguramente um dos pontos de maior atracção de visitantes no Litoral Alentejano.
Nesse sentido, através da iniciativa de um grupo de cidadãos, admiradores de Amália Rodrigues, formou-se a Associação Diva Brejão, que visa unicamente preservar esse património e essa importante memória na costa alentejana, aí perpetuando e abrindo ao contacto permanente do grande público a memória e os sinais dessa grande figura da Cultura Popular Portuguesa. Lançamos nesse sentido esta petição, aberta ao apoio de todos aqueles que Amália encantou e a guardam no coração: os portugueses a que sempre dirigiu.
Preservando a enorme beleza do local, com os mesmos olhos com que os viu Amália Rodrigues, estamos certos de que essa Casa-Museu, no Brejão, constituiria um grande marco no âmbito da Cultura nacional, do Turismo e do Património Natural e Paisagístico.
Portugal deve muito a Amália. Nós devemos-lhe pelo menos isto. Queremos este património preservado.
Vimos, por isso, junto a Assembleia da Republica, solicitar a discussão em plenário deste assunto e a adopção das recomendações ou deliberações que sejam adequadas à preservação deste património de interesse público.
Senhor Presidente da Assembleia da República,
Excelência,
Amália Rodrigues foi proprietária de uma casa na costa alentejana, no lugar do Brejão, concelho de Odemira, onde passou muitos e bons momentos da sua vida. A associação de Amália Rodrigues ao local tornou-se tão conhecida e de tal modo referencial que a pequena praia que lhe é fronteira ficou popularmente conhecida como a “Praia da Amália”. A propriedade do imóvel é da Fundação Amália Rodrigues, de direito privado.
Este património, que, em virtude da sua inapagável associação à grande intérprete nacional, integra a própria memória cultural de Portugal, corre o risco de se perder, se não for preservado, adquirido pelo Estado ou devidamente classificado, seja tão só porque se deteriore até à ruína, seja porque venha a ser alienado e sucessivamente transformado no circuito do mercado imobiliário. Ao invés, se fosse adquirido ou classificado pelo Estado e devidamente preservado como Casa-Museu e aberto ao público, tornar-se-ia seguramente um dos pontos de maior atracção de visitantes no Litoral Alentejano.
Nesse sentido, através da iniciativa de um grupo de cidadãos, admiradores de Amália Rodrigues, formou-se a Associação Diva Brejão, que visa unicamente preservar esse património e essa importante memória na costa alentejana, aí perpetuando e abrindo ao contacto permanente do grande público a memória e os sinais dessa grande figura da Cultura Popular Portuguesa. Lançamos nesse sentido esta petição, aberta ao apoio de todos aqueles que Amália encantou e a guardam no coração: os portugueses a que sempre dirigiu.
Preservando a enorme beleza do local, com os mesmos olhos com que os viu Amália Rodrigues, estamos certos de que essa Casa-Museu, no Brejão, constituiria um grande marco no âmbito da Cultura nacional, do Turismo e do Património Natural e Paisagístico.
Portugal deve muito a Amália. Nós devemos-lhe pelo menos isto. Queremos este património preservado.
Vimos, por isso, junto a Assembleia da Republica, solicitar a discussão em plenário deste assunto e a adopção das recomendações ou deliberações que sejam adequadas à preservação deste património de interesse público.