marca simbólica do ponto onde passa o meridiano de greenwich - Espanha
Divide longitudalmente o mundo, definindo o oriente e o ocidente. É o ponto zero, a referência horária; uma outra marca da incessante tentativa do Homem em organizar o mundo, a vida, as passagens, o tempo em que se gere.
São marcas simbólicas - que atravessam gerações e distâncias - quase imperceptíveis para quem passa, sem atentar as pequenas coisas.
Longitudes que misturam tempos e espaços; fazendo a junção entre o que se vê e o que sendo real não passa de uma mera contabilidade organizativa. Mas é essa contabilidade que nos vai pautando os dias, iniciando um ponto zero, finalizando num ponto desconhecido.
O nosso tempo é regido por demasiadas convenções, muitas vezes necessárias ao bom funcionamento das instituições, que são a base da sociedade. Assim organizando tudo, a Homem tem a falsa noção de controlo sobre a passagem do tempo, sobre o comando da vida; sobrepõe-se às velocidades dos horários, ao incontornável descontrolo que o destino pode instilar nos dias, dando significado e peso ao livre arbítrio.
Árbito de si mesmo, o Homem autocontrola-se gerando regras às quais - demasiadas vezes- não quer, nem sabe como seguir.
Infinito, divide-se entre o querer e o poder, mostrando ao mundo as marcas do poder, escondendo - sempre que pode - as marcas do querer. É no meio termo, no ponto zero, no equilíbrio que se define tudo o resto. Cada meridiano da vida, define uma nova forma de definir o tempo, de encarar o espaço, de equilibrar a vida.
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