Dizem que tenho Alma de poeta. É possível, mas para além de poeta, sou mulher, fui criança, sou ser humano. Na grande maioria das vezes vejo e sinto coisas que só sei expressar por palavras, por imagens. É um jeito de ser... é o meu jeito de pôr a Alma no scriptum...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cenários incomuns



Existem por vezes certas coisas que parecem não encaixar.
Choveu: ao despertar a luz do sol - ainda a beijar as gotas anafadas de uma chuva que parecia não querer abrir as cortinas do dia - o inevitável aconteceu: no firmamento desenhou-se um esplendoroso arco íris a pincelar o céu  (ainda ou já  escuro) com as cores com que se pintam os sonhos. De súbito a agressiva chaminé iluminada teve uma companhia inesperada. Uma combinação incomum, mas que nem por isso intimidou o brilho do arco íris. A minha manhã começa  assim, com uma imagem clara e fotogénica de que não há lugares comuns para os instantes, e que a beleza ocorre em qualquer lugar, a qualquer momento, sem se importar com o aparente desajuste de cenário.

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