Dizem que tenho Alma de poeta. É possível, mas para além de poeta, sou mulher, fui criança, sou ser humano. Na grande maioria das vezes vejo e sinto coisas que só sei expressar por palavras, por imagens. É um jeito de ser... é o meu jeito de pôr a Alma no scriptum...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Manifesto da cultura ( ou a importância de um Sei Lá)

Sei lá é uma expressão utilizada para diversas coisas. Na sua forma original pode significar desconhecimento, é vulgarmente utilizada para caracterizar* um determinado grupo de pessoas com  n  caracteristicas idênticas, ou, para  uma quantidade de cidadãos de uma determinada zona do pais e com uma certa idade, significa um espaço. Eu explico: Sei lá era um café-teatro. Café teatro? ( perguntam). Sim, café-teatro. Sei lá foi uma das coisa mais originais que se fez em termos de cultura para todos, exclusivamente de iniciativa privada e com um sucesso tremendo; o que é ainda de maior louvor. A determinadas horas de determinados dias as luzes apagavam-se e qual Cinderela o café absolutamente normal ( desses que fazem parte do nosso dia a dia ) transformava-se numa explosão de gargalhadas. Representações originais feitas exclusivamente com a prata da casa chamavam àquele lugar tanta gente que o espaço se tornava sempre pequeno. 
Sei lá durou o que durou, a tentativa de alterar o conceito e expandi-lo não teve grande sucesso. Desde aí nada de novo se fez. Pelo menos nada de novo realmente original e sem a colaboração do estado “nas pessoas” do município ou seus colaboradores( leia-se sem o apoio da câmara ou dos seus organismos) , ou sem a necessidade de grandes patrocínios. 
Somos grandes! Necessitamos de grandes apoios! 
E eis que chegamos ao estado em que o estado está. Nada se faz sem apoios. Também ninguém ousa fazer sem sequer pensar primeiro: onde é que nos vamos apoiar? 
Não me interpretem mal, os apoios são necessários mas não imprescindíveis para o fazer. Imprescindíveis são as ideias... e fazer. Porque se não, o que nos resta são “homens da luta”, com a cultura à medida, imposta à maneira, e nós que nada fazemos ouvimos e engolimos, numa característica* euro visão do que a Europa pensa de nós: Não será altura de alterarmos o estado a que nos deixámos chegar ?










* segundo  o novo acordo ( numa tentativa de serviço público) : caraterizar
                                                                                              caraterística

5 comentários:

  1. Isto aqui promete... Parabens e força, é preciso reinventar um tempo novo.

    Antonio Gallobar

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  2. caraterística... repito em voz alta e até parece que estou com uma moléstia nas cordas vocais ;)

    Bjos

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  3. :) é a parte má do novo acordo. Algumas consoantes têm a sua importância.
    Beijinhos

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  4. Em concordância à ausência de palavras e de poemas... de sentires... em fazer sentidos.

    ¬
    Boa semana, Lou.

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  5. Há ausências pensadas, ausências sentidas, ausências marcadas e há as simples ausências que nada têm a ver com desistências, apenas outras incumbências que talvez em breve se façam notar.

    Estou a tentar o esplendor primaveril de Abril :)

    Boa semana epee

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