segunda-feira, 14 de março de 2011
Um ser ave, de volta
Prepara-se para levantar em novos voos. O vento sopra-lhe as imagens turvando-lhe os olhos ( a ela ou a nós, que lhe escapamos, na irrelevância de uma presença que pouco ou nada influencia). Em busca das águas sonha a terra; em busca de terra, firme, sonha as nunca imóveis marés. Distancia-se, por vezes, aventurando-se num chão que parece seguro; mas logo lhe encontra a esburacada calçada que lhe fere a pata. " antes a pata do que a asa, que para ave basto eu" - e sou(a) gaivota: que voz não te deu a natureza, nem pés para andar; deu-te antes penas ( tantas, tantas) e a hipótese de mergulhar...
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:)
ResponderEliminarQue pena boa de se ler. Fosse eu o que nasci e acompanharia o mergulho:)
lhe digo menina, que lhe saltam palavras por todos os poros. As aves não andam,voam, sejam patas ou gaivotas.
ResponderEliminarEheheheh ;)
diz lá, já tinhas saudades?!!
Não gozes comigo, estou a tentar não me repetir tanto =P,
ResponderEliminarPor acaso, em termos biológicos, penso que existem muitas aves que têm dificuldade em levantar voo e desenvolvem-se melhor em terra, seja a andar ou aos pulinhos.
=)
Não importa... o que importa é o caminho. Certas escolhas e alguma luz... e há de sobra, Lou.
ResponderEliminar¬
sim, o caminho. Quanto à luz, chega a um ponto que já se caminha até de olhos fechados, só para evitar a imobilidade.
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