Dizem que tenho Alma de poeta. É possível, mas para além de poeta, sou mulher, fui criança, sou ser humano. Na grande maioria das vezes vejo e sinto coisas que só sei expressar por palavras, por imagens. É um jeito de ser... é o meu jeito de pôr a Alma no scriptum...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Um ser ave, de volta



Prepara-se para levantar em novos voos. O vento sopra-lhe as imagens turvando-lhe os olhos ( a ela ou a nós, que lhe escapamos, na irrelevância de uma presença que pouco ou nada influencia). Em busca das águas sonha a terra; em busca de terra, firme, sonha as nunca imóveis marés. Distancia-se, por vezes, aventurando-se num chão que parece seguro; mas logo lhe encontra a esburacada calçada que lhe fere a pata. " antes a pata do que a asa, que para ave basto eu" - e sou(a) gaivota: que voz não te deu a natureza, nem pés para andar; deu-te antes penas ( tantas, tantas) e a hipótese de mergulhar...

5 comentários:

  1. :)

    Que pena boa de se ler. Fosse eu o que nasci e acompanharia o mergulho:)

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  2. lhe digo menina, que lhe saltam palavras por todos os poros. As aves não andam,voam, sejam patas ou gaivotas.

    Eheheheh ;)

    diz lá, já tinhas saudades?!!

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  3. Não gozes comigo, estou a tentar não me repetir tanto =P,

    Por acaso, em termos biológicos, penso que existem muitas aves que têm dificuldade em levantar voo e desenvolvem-se melhor em terra, seja a andar ou aos pulinhos.

    =)

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  4. Não importa... o que importa é o caminho. Certas escolhas e alguma luz... e há de sobra, Lou.
    ¬

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  5. sim, o caminho. Quanto à luz, chega a um ponto que já se caminha até de olhos fechados, só para evitar a imobilidade.

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